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EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO RURAL: IPANGUAÇUENSES E ALTORODRIGUENSES NA TRILHA DO CONHECIMENTO

O presente artigo se propõe apresentar os resultados alcançados com a realização de um trabalho para apresentar resultados de um tema tão relevante e enriquecedor: a interseção entre Educação Ambiental e Turismo Rural, especialmente quando se trata da experiência única vivida por alunos de escolas públicas de Ipanguaçu e Alto Rodrigues- RN.

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CAPITULO 01- EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO RURAL: IPANGUAÇUENSES E ALTORODRIGUENSES NA TRILHA DO CONHECIMENTO - O presente artigo se propõe apresentar os resultados alcançados com a realização de um trabalho para apresentar resultados de um tema tão relevante e enriquecedor: a interseção entre Educação Ambiental e Turismo Rural, especialmente quando se trata da experiência única vivida por alunos de escolas públicas de Ipanguaçu e Alto Rodrigues- RN.

Autor: Francisco Janildo Sobrinho

APRESENTAÇÃO

O presente artigo se propõe apresentar os resultados alcançados com a realização de um trabalho para apresentar resultados de um tema tão relevante e enriquecedor: a interseção entre Educação Ambiental e Turismo Rural, especialmente quando se trata da experiência única vivida por alunos de escolas públicas de Ipanguaçu e Alto Rodrigues- RN. Objetiva mostrar a importância de se desenvolver um trabalho pedagógico que una os espaços naturais existentes no município, atrelando-os à história de fundação do município, bem como o conhecimento histórico local e regional e o estudo social e econômico.

 

Palavras-Chave: Turismo Rural. Educação Ambiental. Trabalho Pedagógico. Aulas de campo.

INTRODUÇÃO

O nosso projeto nasce da compreensão de que a educação ambiental  com enfoque na Geografia é uma ferramenta poderosa para fomentar a conscientização ecológica desde cedo, ao mesmo tempo em que o turismo rural oferece uma oportunidade ímpar de aprender na prática sobre a relação entre comunidade, meio ambiente e sustentabilidade. A possibilidade de inserção do estudo nos espaços geográficos que compõem os aspectos físicos e ambientais nas atividades programadas pelas disciplinas de História e Geografia do Ensino Fundamental, demonstra a importância de se ofertar aulas de campo motivadoras e instigadoras do trabalho de pesquisa pelos estudantes a partir das visitas a estes espaços tão enriquecidos de fatos geográficos e históricos e informações por muitas vezes deixadas no tempo pelos registros de historiadores e pesquisadores que são fundamentais para a construção do conhecimento escolar pelos alunos.

Assim, apresentar a importância do estudo geográfico, histórico, antropológico, econômico, social e cultural que têm estes locais para a identificação de fatos e registros que ajudam a conhecer melhor e aprofundar conteúdos no sentido pedagógico do ensinar e aprender, bem como a preservação e respeito ao meio ambiente, é objetivo deste trabalho.

A ideia de realizá-lo surgiu de estudos anteriores que se transformaram em dissertação de Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado e que apontam a existência de uma construção com características de Casa Forte no município de Ipanguaçu/RN e que teve como proprietários portugueses que estiveram nestas terras e contribuíram para o extermínio de grandes tribos indígenas que habitavam as habitavam, além da prática docente exercida em Escolas Públicas de Ensino Fundamental, tanto no município de Ipanguaçu/RN quanto no município de Alto do Rodrigues/RN nas disciplinas de História e Geografia que oportunizam um vasto leque de possibilidades de estudos ambientais, valorizando os aspectos locais e regionais da fauna e da flora.

A questão problematizadora que deu origem à proposta de realização de um projeto que contemple as possibilidades de realização de aulas de campo usando como estratégia o Complexo Turístico de Ipanguaçu/RN não explorado é: Até que ponto é possível adotar o Turismo Rural enquanto estratégia pedagógica do ensinar e aprender no Turismo Rural e Educação Ambiental, Geografia e História com estudantes de 6º ao 9º ano nos Municípios de Ipanguaçu/RN e Alto do Rodrigues/RN?

Nesta perspectiva e, tomando como referência a curiosidade investigativa que proporcionou ao autor deste trabalho pensar e concretizar atividades didático-pedagógicas é que foi traçado um mapa com roteiro turístico-cultural para visitação e estudos sobre como se deu a colonização e formação da história do Município de Ipanguaçu/RN, bem como a análise de preservação do meio ambiente por moradores locais e visitantes da localidade.

Por se tratar da apresentação dos resultados de um trabalho pedagógico que se realizou nas disciplinas de Geografia e História com ênfase nos aspectos ambientais e que se tornou mais consistente a partir de uma pesquisa que culminou em uma dissertação de mestrado, aponta-se como desenho metodológico o paradigma qualitativo-interpretativista com enfoque geográfico e histórico-arqueológico dentro de uma linha de pesquisa específica das Ciências Humanas e Sociais, tendo como ponto basilar as questões ambientais da região e a dimensão pedagógica deste tipo atividade.

A grande contribuição, no entanto, está no caráter pedagógico do trabalho realizado com estudantes, coordenado por um docente que recebe apoio das Escolas e das Secretarias Municipais de Educação de Ipanguaçu/RN e Alto do Rodrigues/RN para desenvolvê-lo.

TURISMO RURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CAMINHO DAS TRILHAS IPANGUAÇUENSES E ALTORODRIGUENSES

                Para a realização do trabalho pedagógico foi elaborado um projeto didático para ser desenvolvido com as turmas nas quais se trabalha com as disciplinas de História e Geografia, tendo como referência a estratégia de aulas de campo, a partir do Complexo Turístico existente na Zona Rural do Município de Ipanguaçu/RN incluindo-se o Rio Assú, que passa também pelo município de Alto do Rodrigues/RN.

                Sobre a aula de campo, Passini (2007, p. 172-176) afirma: “ a aula de campo seria um método ativo e interativo, pois o espaço não é fragmento. Ele é a sala de aula, o pátio da escola, o refeitório, o corredor, a rua do colégio, a casa do aluno, o bairro, a cidade, o município, o parque florestal, o fundo de vale, entre outros”.....

.               É com essa perspectiva didática da aula de campo que se insere, portanto, a proposta de se desenvolver atividades pedagógicas que possam incentivar os estudantes a se interessarem cada vez mais pela melhoria da qualidade de vida respeitando o meio ambiente e a história local por meio do turismo rural, instrumento pouco difundido na região e no município de Ipanguaçu/RN e que pode se constituir em ferramenta do trabalho pedagógico escolar para oportunizar aos estudantes uma série de atividades que contribuam para aguçar o espírito investigativo e a construção do conhecimento em uma perspectiva analítico-crítica.

É assim que foram inseridas propostas de estudos na área geológica do Luzeiro – Ipanguaçu/RN, no trecho do Rio Piranhas-Assú situado no município do Alto do Rodrigues/RN, na Picada – zona rural de Ipanguaçu/RN, no topo da Serra do Cuó/Ipanguaçu/RN, na área geológica da Serra do Cuó/Ipanguaçu/RN, na Lagoa dos Biringas/Ipanguaçu/RN, no Distrito de Pataxó/Ipanguaçu/RN, no Lixão/Alto do Rodrigues/RN.

Estes espaços nortearam o projeto didático de aprofundamento de estudos geográficos e históricos objetivando despertar nos alunos a responsabilidade de cada um na preservação ambiental para que a região não entre em colapso, destruindo os aspectos naturais da fauna e da flora.

 METODOLOGIA DO TRABALHO EM PERCURSO

Escolhido  o espaço que seria utilizado como roteiro para a realização das aulas de campo, observando-se a pesquisa qualitativa-interpretativista com enfoque geográfico-histórico-arqueológico dentro de uma linha de pesquisa específica das Ciências Humanas e Sociais, iniciaram-se os primeiros diálogos com a equipe pedagógica das Escolas Públicas do Município de Ipanguaçu/RN e Alto do Rodrigues/RN para que fosse apresentada a proposta de trabalho pedagógico que pudesse contribuir com os estudos ambientais, geográficos e históricos dos estudantes da Educação Básica, principalmente escolares compreendidos de 6º ao 9º ano.

Dessa forma, incluir-se-ia no roteiro turístico pedagógico, além dos espaços naturais a serem visitados: a Casa Forte localizada em Lagoa de Pedra, o Sítio Arqueológico localizado no Sítio Cachoeirinha, a Serra do Cuò, localizada no Luzeiro, a Casa Grande do Major Montenegro, na comunidade de Picada, e o Complexo Turístico de Pataxó que inclui: a Igreja de São Pedro e o Açude de Pataxó com seu belíssimo Pôr-do-Sol. Estaria completo o roteiro de estudos ambientais, geográficos e históricos, além do Complexo Turístico Rural de Ipanguaçu/RN e do Rio Piranhas-Assú no município de Alto do Rodrigues/RN.

Proposta aceita, partiu-se para as possibilidades de execução e definição de papéis no projeto: o que seria de responsabilidade das escolas e o que seria de responsabilidade das Prefeituras Municipais de Ipanguaçu/RN e de Alto do Rodrigues/RN através das Secretarias Municipais de Educação. Às escolas caberia o acompanhamento sistemático do projeto e às Secretarias Municipais de Educação caberia a oferta de infra-estrutura necessária, incluindo a locomoção.

Iniciava-se o trabalho pedagógico por meio da definição e elaboração dos instrumentos que subsidiariam os estudantes durante a visita aos locais que compõem o roteiro turístico com a mediação do professor: questionários com perguntas abertas e fechadas a serem respondidas pelo professor e observação in loco, com registros em diário de campo, a fim de que se pudesse produzir os relatórios – procedimentos utilizados para a análise dos dados obtidos – que seriam apresentados por meio de Seminários para as demais turmas das escolas, motivando-os a participarem da atividade proposta.

AULA DE CAMPO COMO ELO INTEGRADOR DO CONHECIMENTO

A experiência pedagógica vivenciada com os estudantes do ensino fundamental da Rede Públicas Municipal de Ipanguaçu/RN e do Alto do Rodrigues/RN com a realização de aulas de campo inseridas no Projeto: “Turismo Rural Regional/Ipanguaçu/RN e Alto do Rodrigues/RN: Possibilidades para o Trabalho Pedagógico” constou de um processo didático-pedagógico compartilhado com o setor pedagógico das escolas, pais e estudantes para se conseguir a adesão ao mesmo.

Algumas etapas foram cumpridas, desde a sua elaboração até a execução e culminância que se deu com a apresentação dos resultados obtidos por meio de Seminários.

Aqui estão apresentados alguns momentos que foram registrados durante a execução das aulas de campo nos diversos espaços que foram selecionados para a consecução da proposta de trabalho:

AULA NA ÁREA GEOLÓGICA DO LUZEIRO/ Ipanguaçu/RN com alunos da Escola Municipal Monsenhor Walfredo Gurgel/ Alto do Rodrigues/RN (2017)

Esta atividade foi realizada com estudantes de 6º ao 9º ano da Escola acima citada e foi realizada no ano de 2017, como proposição de estudar a formação geológica do espaço geográfico, suas características e preservação das formações de solo e vegetação, bem como os tipos de animais ainda presentes neste espaço.

Os alunos seguiram o roteiro de questões elaboradas em sala de aula, bem como fizeram observações in loco que contribuíram para a preparação do Seminário a ser apresentado para crianças do 5º ano do ensino fundamental da referida escola.

O valor pedagógico da atividade refletiu-se durante a socialização feita pelos estudantes. A aprendizagem da importância que tem os estudos geológicos e sua preservação, a fim de que se mantenha viva a história que deverá ser transmitida para as novas gerações proporcionou a todos um compromisso acadêmico de fazer com que os munícipes conheçam e passem também a valorizar o potencial geológico, histórico, ambiental e turístico do município, numa visão interdisciplinar.

Em outro momento os alunos visitaram o Rio Piranhas-Assú, fazendo registros e estudos sobre os aspectos do Rio em relação a volume de água, margens, preservação ambiental no tocante à limpeza das margens e do próprio leito do rio, além da preservação da vegetação da fauna e da flora no trecho visitado.

Neste momento de visitação dos alunos da Escola M. Walfredo Gurgel, eles tiveram a oportunidade de conhecerem a realidade concreta da real situação do Rio Assú, vendo a poluição as margens do rio, in loco causadas pelas ações da população local. 

ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA DA SALETE RIBEIRO BARRETO – Em Picada – Ipanguaçu/RN – Estudo sobre a fauna e a flora da região (2015)

A atividade foi realizada com estudantes do 6º ao 9º ano da referida Escola, utilizando-se a mesma metodologia: observações, registros, perguntas a serem respondidas pelo professor, anotações acerca das características físicas da fauna e da flora da região, bem como o estado de preservação deste espaço. Nesse momento também foram abordados conteúdos relacionados a: História do Rio Grande do Norte e do Brasil, Geografia em relação a ocupação espacial, Meio Ambiente pela importância da preservação da mata existente, a ocupação portuguesa, a presença de indígenas na região e o Coronelismo, já que a Picada é conhecida como a terra do Major Montenegro. O produto final da atividade aconteceu com um Seminário Integrador.    

SERRA DO CUÓ: Espaço vivo da Historiografia e Meio Ambiente

                Neste espaço foram desenvolvidas várias atividades, já que a Serra é uma área do relevo que oportuniza a observação e análise de vários aspectos: físicos, históricos e sociais.

                Foram utilizados procedimentos de coleta de materiais para posterior análise e estudo do solo, formação geológica, vegetação (tipo e preservação), altitude, entre outros aspectos importantes para o reconhecimento da geografia, história e preservação ambiental da Serra. A atividade tornou-se bastante significativa porque os alunos conheceram aspectos ainda desconhecidos para eles que, mesmo havendo nascido no município, não haviam ainda descoberto as riquezas naturais e históricas da Serra do Cuó.

                A culminância da atividade se deu por meio de uma exposição de fotos com explicações para os alunos de outras escolas, tornando-se um espaço de socialização de saberes e construção de conhecimentos locais fundamentais para a compreensão da história do município e, no caso dessa visita, o conhecimento inicial sobre a vegetação típica desse espaço.

Com o fim das guerras holandesas, o retorno do domínio português em terras do Brasil assumiu outros rumos, influenciando a política da ocupação dos colonizadores, bem como da defesa e exploração do território nas áreas que tinham o domínio holandeses. Sobrinho, (2019, p.80 e 81)

ESCOLA MUNICIPAL PROF.  FRANCISCA DA SALETE RIBEIRO BARRETO – Em Picada – Ipanguaçu – Estudo sobre a fauna e a flora da região (2015)

Esta atividade pretendeu estudar a fauna e a flora da comunidade rural denominada Picada. Os aspectos teórico-metodológicos da atividade seguiram a mesma proposta que já vinha sendo trabalhada com as outras escolas: preparação do projeto, aula de campo e realização de Seminário para apresentação dos resultados e produção de relatórios. Na oportunidade foram trabalhados os conteúdos relacionados ao Coronelismo, À Ocupação Portuguesa, à Escravidão, à importância dos vaqueiros para a região, à Tradição familiar e à Política da família Montenegro com o objetivo de aprofundar os conhecimentos adquiridos quando da visita feita à Casa Forte de Lagoa de Pedra. Este estudo complementou o estudo anterior numa perspectiva diferente na cronologia temporal e na localização geográfica, pois a Casa Forte de Lagoa de Pedra teve sua construção no século XVII e a Casa Grande do Major Montenegro, que tem sua construção no ano de 1845. Pedagogicamente, utilizou-se a mesma estratégia para apresentação dos resultados: Seminário Integrador, já que se pode interdisciplinar conteúdos de História, Geografia, Política, Economia, Cultura, Língua Portuguesa e Matemática.

ESCOLA MUNICIPAL PROFª FRANCISCA DA SALETE RIBEIRO BARRETO – Centro – Ipanguaçu/RN – Estudo sobre a ocupação indígena na Serra do Cuó

A aula de campo realizada com os estudantes de 6º ao 9º ano para a Serra do Cuó objetivou estudar conteúdo da área da Geologia, Geografia, História e Meio Ambiente, dando continuidade à proposta de inserir o Turismo Rural no trabalho pedagógico escolar do município de Ipanguaçu/RN. Seguindo a mesma metodologia aplicada às aulas realizadas com outras escolas, os estudantes receberam explicações do professor e observaram o espaço e a formação geológica da Serra, sua localização geográfica, a importância histórica da Serra para a região, a preservação do espaço com sua fauna e flora, enfim, todo potencial pedagógico que a Serra tem a oferecer.

Como resultado do trabalho foi promovido um Seminário Integrador e apresentado Painel com fotos e registros feitos por professores e estudantes. O roteiro de estudos foi trabalhado em sala de aula e os alunos foram incentivados a registrarem tanto com a escrita quanto com fotografias, os diversos aspectos ali observados.

Os resultados foram apresentados através de uma Exposição fotográfica e Seminário Integrador, estratégia presente na metodologia de todas as atividades do Projeto Didático sobre a geografia física e ambiental, a história, a economia, a sociedade e a cultura de Ipanguaçu/RN e Alto do Rodrigues/RN.

Encerrando o ciclo de aulas de campo com vertente ambiental, visitamos o Lixão no Alto do Rodrigues/RN, a fim de verificarmos como estava sendo tratado o lixo produzido pela população no município.

Da mesma forma que as demais aulas de campo, a visita ao Lixão deu oportunidade de aprendizagem significativa e cidadã, pois fez com que os alunos refletissem sobre o papel de cada um no tratamento e encaminhamento adequado do lixo que eles mesmos produzem. Essa atividade originou uma outra atividade: contato com as autoridades locais no sentido de apresentarem o quadro encontrado e a possibilidade de construção do aterro sanitário do município.

                Os resultados foram apresentados para alunos de 1º ao 5º ano, objetivando formar a consciência de preservação ambiental e tratamento adequado ao lixo já nos anos iniciais do ensino fundamental.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho com projetos didáticos e aulas de campo não se constituem em tarefa fácil, pois tira o professor de sua “zona de conforto” pedagógico, isto é, sair da rotina de sala de aula gera um compromisso bem maior com a prática do ensinar e do aprender cotidianamente. No entanto, não há maior recompensa do que utilizar estratégias que motivem os alunos a buscarem bem mais do que poderia lhes ser oferecido com aulas expositivas.

A opção de deixar a zona de conforto pedagógico se deu a partir do momento que se fez opção por inserir, no programa da disciplina História Geral e do Brasil, o projeto de realização do Turismo Rural Pedagógico que, por sua vez, despertou os alunos para desenvolverem também um trabalho de preservação ambiental como forma de alertar as pessoas do grande perigo que o planeta corre se continuar a degradação e destruição dos espaços naturais existentes.

Posto estas considerações e realizado o trabalho com a execução das atividades previstas no Projeto, chega-se às seguintes conclusões:

1. Os espaços naturais, sociais, culturais e turísticos do Município de Ipanguaçu/RN ainda não foram explorados pedagogicamente como deveriam e se constituem em fonte rica para a realização de pesquisas e produção do conhecimento, além de terem potencial econômico que contribuirá para o desenvolvimento do município e da região;

2. Promover aulas de campo para oportunizar aos educandos a vivência de uma aprendizagem interativa, significativa com integração de todos;

3. O Meio Ambiente e o Turismo Rural de Ipanguaçu/RN se constitui em uma estratégia rica de possibilidades de ensino e aprendizagem e deve ser usado pelos professores da Rede Pública Municipal para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos educandos de 6º ao 9º ano das escolas municipais.

Nessa perspectiva é que se vislumbra a possibilidade de implantação de projetos interdisciplinares e que não sejam mais específicos das disciplinas de História e Geografia, mas que envolvam todos os componentes curriculares que muito têm em comum e que são trabalhados de forma estanque e desvinculada. A possibilidade de integração nos componentes curriculares é tão importante para a formação da consciência ambiental quanto a estratégia de aulas de campo é importante para despertar no aluno a real necessidade de ter uma teoria estreitamente vinculada à prática.

 

REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS

CASCUDO, Luiz da Câmara. História da República no Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Edições do Val Ltda, 1965.

FREIRE, Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987.

MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à História do Rio Grande do Norte. Natal/RN: EDUFRN, 2000.

MELO, Gilberto Freire de. ALTO DO RODRIGUES. UMA HISTÓRIA DE AMOR E DE PROGRESSO, 1ª Edição Fundação Félix Rodrigues, Coleção Vázea do Açu, Série A – nº 005- Pendências/RN- 2008

PASSINI, Elza Yasuko; PASSINI, Romão; MALYSZ, Sandra T. (Org.) Prática de Ensino de Geografia e Estágio Supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.

SOBRINHO, F. J. Dos Donos da terra à Ocupação Portuguesa: a Ribeira do Açu no Século XVII. Dissertação de Mestrado. Asunción/Py: UNASUR. s.e., 2015.

SOBRINO, Francisco Janildo. Ipanguaçu: DOS DONOS DA TERRA Á OCUPAÇÃO PORTUGUESA João Pessoa: Libellus Editorial, 2019.

SILVEIRA, Celso Dantas da. Assu, Gente, Natureza e História. Editora Boa Água; Natal/RN, 1995.

 

ISBN: 978-85-92665-65-4
Paginas: 104

 

https://drive.google.com/file/d/1uex44y1D_0sImGJaZGlZoAFn7CfXTjqE/view?usp=drive_link

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